Como D. Sebastião morreu, em 1578, na batalha de Alcácer-Quibir, no norte de África, Portugal ficou sem rei, pois D. Sebastião era muito novo e não tinha filhos, e consequentemente não havia herdeiros directos para a coroa portuguesa.
Assim, o Cardeal D. Henrique, tio-avô de D. Sebastião, subiu ao trono, reinando unicamente durante dois anos porque nem todos estavam de acordo com ele como novo rei. E a confusão começou...
Em 1580, nas Cortes de Tomar, Filipe II, rei de Espanha, foi escolhido como o novo rei de Portugal, porque era filho da infanta D. Isabel e neto do rei português D. Manuel e, por isso, tinha direito ao trono.
Durante 60 anos, viveu-se em Portugal um período que ficou conhecido na História como "Domínio Filipino". Depois do reinado de Filipe II (I de Portugal), veio a governação de Filipe III (II de Portugal) e Filipe IV (III de Portugal). Estes reis governavam Portugal e Espanha ao mesmo tempo, como um só país.
Mas o povo não gostava e estava bastante descontente porque o País não era governado com justiça, havia muitos problemas e ataques às províncias ultramarinas, especialmente, ao Brasil. Na altura, a Duquesa de Mântua era vice-rainha e Miguel de Vasconcelos, que era o escrivão da Fazenda do Reino, tinha imenso poder.
Os portugueses acabaram por revoltar-se contra esta situação e, no dia 1 de dezembro de 1640, puseram fim ao reinado do rei espanhol num golpe palaciano (um golpe só para derrubar o rei e o seu governo): os Restauradores mataram a tiro e atiraram da janela abaixo Miguel de Vasconcelos no Paço da Ribeira. Desta forma, Filipe III abandonou o trono de Portugal e os Portugueses escolheram D. João IV, duque de Bragança, como novo rei.
O dia 1 de dezembro passou a ser comemorado todos os anos como o Dia da Restauração da Independência de Portugal, já que o trono voltou para um rei português.
Fonte: "Site Junior"
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