Já ouviste contar que antes do 25 de abril não vivíamos em democracia, não vivíamos em liberdade?
Por essa razão, um grupo de militares começou a reunir-se clandestinamente em 1973. Com mil cautelas, depois depois de muito pensarem e conversarem, os militares resolveram que o "dia D" seria a 25 de abril de 1974.
E mostraram possuir imaginação fértil, porque a maneira como deram ordem de marcha, além de eficaz, teve graça. E foi assim: no dia 24 de abril, às 22h55 em ponto, uma rádio passou a canção "E depois do Adeus", do cantor Paulo de Carvalho, o que não despertou qualquer suspeita. Mas era o sinal combinado que significava "Tudo a postos, preparem-se!".
E já na madrugada do dia 25 de abril, outra rádio passou a canção "Grândola, Vila Morena", uma das poucas canções de Zeca Afonso que não tinha sido proibida. E isso significava "Chegou a hora. Avancem!"
Os militares avançaram com o seu plano, que deu resultado. Foi a a revolução do 25 de abril, mas imagina que é conhecida com Revolução dos Cravos. Será que tens familiares que, nesse dia, andaram nas ruas com os militares?
A partir daí Portugal mudou e a vida das pessoas também.
Vivemos em democracia, o que quer dizer liberdade.
Temos liberdade de pensar, de fazer propostas, de deter soluções, de informar, de reunir, de escolher, de manifestar desagrado, de mudar de ideias, de intervir, de apresentar novos problemas, de exigir, de propor ou promover a resolução desses problema, de encontrar novos caminhos para a vida das pessoas, para o progresso do país.
Para que essas formas de liberdade pudessem existir, houve regras que todos ajudaram a definir e todos têm o dever de respeitar.
Mas não te esqueças! Antes do 25 de abril de 1974 não era assim. "
Texto escrito por Ana Maria Magalhães
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