Metade da minha alma é feita de maresia."
Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, " Atlântico," in " Mar", Ed. Caminho
Se tu soubesses
que em todos os portos do mundo
há uma mão desconhecida
a acenar – adeus, adeus – quando se parte pró mar;
se tu soubesses
que o mar não tem fronteiras nem distâncias
é sempre o mar;
se tu soubesses
a noite nas águas
onde os barcos são berços
e os marinheiros meninos a sonhar;
se tu soubesses
o desamor à vida quando o vento grita temporais
e a morte vem abraçar os homens na espuma das vagas;
se tu soubesses
que em todos os portos do mundo
há um sorriso para quem chega chega do mar;
se tu soubesses vinhas comigo prò mar
embora as nuvens do céu
e os ventos que vêm do Este e do Oeste, do Sul e do Norte
digam ao mundo que vai haver o temporal maior que todos!
Poema de Manuel da Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário