segunda-feira, 6 de junho de 2011

10 de Junho - Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas


Camões lendo "Os Lusíadas", pintura de António Carneiro





"No mais, Musa, no mais; que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida;
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho,
Não nos dá a Pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Dhua austera, apagada e vil tristeza."
Os Lusíadas, canto X , est.145


Luís Vaz de Camões nasceu em 1524 (?), possivelmente em Lisboa.
De 1531 a 1541, terá ido estudar para Coimbra, onde foi despertado para os ideais do Humanismo.
Em 1545, devido a uma relação amorosa com Dona Catalina de Ataíde, dama da Rainha, teve que abandonar a corte de D. João III. Parte para Ceuta e, em combate, perde o olho direito.
Entre 1553 e 1568, terá viajado pela África Oriental, Goa, Macau e China.
Em 1570 regressa a Lisboa. «Os Lusíadas» são publicados em 1572. Foi-lhe concedida por D. Sebastião uma tença anual de 15 mil reis que só recebeu durante três anos, pois morre a 10 Junho de 1580, em Lisboa, na miséria, vivendo de esmolas que se dizia terem sido angariadas pelo seu fiel criado Jau. O seu enterro teve de ser feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos.
O tema do Amor está presente em toda a poesia camoniana e assume-se como o princípio fundamental da existência; o Amor é uma aspiração a um objecto inatingível.

A sua maior obra foi “Os Lusíadas”, epopeia que narra e glorifica os feitos heróicos portugueses. Pela grandeza da concepção, realismo das descrições e lirismo de vários episódios, conhecimento técnico, literário, histórico e geográfico, “Os Lusíadas” é uma das obras mais importantes do Renascimento.

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