terça-feira, 22 de setembro de 2015

Autor do Mês - Trindade Coelho

O escritor Trindade Coelho é o autor da "Parábola dos sete vimes".

    "Era uma vez um pai que tinha sete filhos. Quando estava para morrer, chamou-os todos sete e disse-lhes assim:
   - Filhos,  já sei que não posso durar muito; mas antes de morrer, quero que cada um de vós me vá buscar um vime seco, e mo traga aqui.
   - Eu também? -  perguntou o mais pequeno, que tinha só 4 anos. O mais velho tinha 25, e era um rapaz muito reforçado e o mais valente da freguesia.
   - Tu também -   respondeu o pai ao mais pequeno. Saíram os sete filhos; e daí a pouco tornaram a voltar, trazendo cada um seu vime seco.
    O pai pegou no vime que trouxe o filho mais velho e entregou-o ao mais novinho, dizendo-lhe:
   - Parte esse vime.
   O pequeno partiu o vime, e não lhe custou nada a partir. Depois o pai entregou ao mesmo filho mais novo, e disse-lhe:
    - Agora parte também esse. O pequeno partiu-o; e partiu, um a um, todos os outros, que o pai lhe foi entregando, e não lhe custou nada parti-los todos. Partido o último, o pai disse outra vez aos filhos:
   - Agora ide por outro vime e trazei –mo.
   Os filhos tornaram a sair, e daí a pouco estavam outra vez ao pé do pai, cada um com seu vime.
   - Agora dai-mos cá - disse o pai.
   E dos vimes todos fez um feixe, atando-os com um vincelho. E voltando-se para o filho mais velho, disse-lhe assim:
   - Toma este feixe! Parte-o!
    O filho empregou quanta força tinha, mas não foi capaz de partir o feixe.
   - Não podes? - perguntou ele ao filho.
    - Não, meu pai, não posso. - E algum de vós é capaz de o partir? Experimentai.
   - Não foi nenhum capaz de o partir, nem dois juntos, nem três nem todos juntos.
    O pai disse-lhes então:
    - Meus filhos, o mais pequenino de vós partiu sem lhe custar nada os vimes, enquanto os partiu um por um; e o mais velho de vós não pôde parti-los todos juntos: nem vós, todos juntos, fostes capazes de partir o feixe. Pois bem, lembrai-vos disto e do que vos vou dizer: enquanto vós todos estiverdes unidos, como irmãos que sois, ninguém zombará de vós, nem vos fará mal, ou vencerá. Mas logo que vos separeis, ou reine entre vós a desunião, facilmente sereis vencidos.
    Acabou de dizer isto e morreu - e os filhos foram muito felizes, porque viveram sempre em boa irmandade ajudando-se sempre uns aos outros; e como não houve
forças que os desunissem, também nunca houve forças que os vencessem". 

                         Trindade Coelho, Os Meus Amores, Lisboa, Ulisseia 2006

Esta parábola corresponde a uma das narrativas do livro Os meus Amores de Trindade Coelho, um dos títulos sugeridos no Programa de Português para o 7º ano de escolaridade.
Parábola é uma narrativa curta que, mediante o emprego de linguagem figurada, transmite um conteúdo moral, sendo por isso erroneamente confundida com a fábula. (in Wikipédia)
Provérbio ou ditado popular, do latim "proverbium", é uma frase de carácter popular, com um texto mínimo de autor anónimo que é várias vezes repetido e se baseia no senso comum de um determinado meio cultural, como por exemplo: “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.

Deixamos um desafio.
Identifica o provérbio que se relaciona com o ensinamento moral presente nesta parábola:

a)- "Quem conta um conto, acrescenta um ponto."
b)- "A união faz a força."
c)- "Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje."
Escreve a tua resposta no "Comentário" , indica o teu nome, ano e turma.

5 comentários:

Unknown disse...

B)-A união faz a forca

7ºD Aissata Diallo

Anónimo disse...

7ºJ nº11 Diogo Caldeira.
b) "A união faz a força"

Anónimo disse...

b)- "A união faz a força."
7ºJ Elisete Só.

Anónimo disse...

7ºE nº5 Constança simas

b) " A união faz a força"

Anónimo disse...

O proverbio correto é a " A união faz a força"
Carolina Pereira 7ºG